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Grandes obras causam transtornos, mas compensam!

Por Ariana Prado e Milena Vendrasco

 

As grandes obras de infraestrutura urbana impactam diretamente o meio ambiente e causam grandes transtornos à comunidade de moradores próximos, seja pelo barulho, trânsito, resíduos, movimento, e muitos outros motivos. Por uma exigência da lei ambiental, os empreendedores devem compensar, minimizar ou neutralizar os danos causados ao meio ambiente. Nesse aspecto, as ações de compensação ambiental são as grandes aliadas na aceitação da obra junto à população, e também contribuem para a valorização da imagem da empresa.

 

A remoção e plantio de arvores, por exemplo, é uma das ações de compensação ambiental, e geralmente exige que sejam plantadas 25 novas arvores para cada arvore retirada. Vale ressaltar que o número de arvores a serem plantadas pode ser maior, isso depende do tipo de árvore, da quantidade e do local onde se encontra. Se considerarmos os valores citados na matéria “O que é sequestro de carbono?”, da revista Superinteressante, uma árvore sozinha é capaz de absorver 180 quilos do gás carbônico (CO2) da atmosfera. De imediato há uma melhora considerável na qualidade do ar e diminuição da incidência de doenças cardiorrespiratórias.

 

Outro efeito positivo em médio prazo com o plantio de arvores é a diminuição da temperatura média da atmosfera. Com o aumento das sombras e da umidade do ar as temperaturas não chegam a níveis muito elevados. O efeito de resfriamento do ar de apenas uma árvore é equivalente a 10 ar-condicionados funcionando durante 24 horas por dia, permitindo inclusive, a diminuição do gasto de energia elétrica.

 

Outra questão importante é a capacidade de absorção da água da chuva. Uma árvore adulta pode absorver do solo até 250 litros de água por dia. Imagine como elas poderiam ajudar na prevenção das enchentes, evitando os transtornos que deixam muitas pessoas sem casas. As árvores ainda são capazes de diminuir ou amortecer o ruído do ambiente urbano gerado pelo trânsito ou máquinas, pois elas absorvem as ondas sonoras, por meio das folhas. Elas são verdadeiras barreiras naturais contra o barulho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o barulho nas grandes cidades chega perto dos 80 decibéis, muito acima dos 55 decibéis recomendados.

 

Outro aspecto importante nessa compensação ambiental são os projetos paisagísticos desenvolvidos para os empreendimentos. Por exemplo, a criação de um canteiro central arborizado amplia as áreas de lazer e convida a comunidade a ocupar os espaços públicos logo que inaugurados. Avenidas e ruas arborizadas e/ou ajardinadas contribuem para a beleza do lugar, promovem um equilíbrio estético, ambiental e social, além de amenizar a poluição visual. As árvores são componentes que conferem forma aos ambientes urbanos, delimitam espaços, valorizando o bairro e também os imóveis.

 

Portanto, mesmo sendo uma exigência legal, deve-se reconhecer que o cumprimento de ações de compensação ambiental pode gerar uma série de benefícios para a população local e para os empreendedores. Se bem trabalhadas e bem comunicadas à população, as mudanças positivas terão seus impactos e benefícios potencializados. A comunidade, quando é informada, cria um vínculo com a empresa e com o projeto de futuro para o seu bairro. Para isso, é fundamental um planejamento de comunicação e relacionamento com comunidades, a fim de informar a população sobre os avanços da obra, os benefícios futuros, e as melhorias para a qualidade de vida local para além da obra.

 

Como afirma Eliel Cardoso, gerente de comunicação da EMTU, referindo-se aos resultados do relacionamento com os moradores na implantação dos Corredores Metropolitanos de Ônibus, “nessa aproximação com a comunidade, ela se vê ao lado do Estado e ao nosso lado como empreendedor [...] e nada como você fazer uma obra e ter a população te apoiando naquele empreendimento”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Case de sucesso: o Corredor de Ônibus Metropolitano

Vereador Biléo Soares

 

Obra da EMTU no interior de São Paulo, o Corredor Biléo Soares teve impactos diretos nas regiões de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara D’Oeste. Como forma de minimizar os impactos causados à vegetação durante a execução das obras, foram plantadas mais de sete mil árvores em diversos pontos das cidades afetadas, como exigência da compensação ambiental. Isso significa uma retirada de quase 1,5 milhão de toneladas de gás carbônico do ar destes municípios. Um benefício direto a toda população, já que estamos falando de uma região industrializada e com baixos índices na qualidade do ar.

 

Em Americana, a engenheira ambiental Thaís Fabiane de Campos, coordenadora do programa “Navegando nas Águas do Conhecimento”, da Associação Barco Escola da Natureza, destaca a importância do local onde foi realizado o plantio na cidade, o Reservatório Salto Grande, “com a recuperação destas áreas poderemos reverter todos os processos de destruição dos recursos hídricos, evitando erosões, assoreamento e permitindo a volta dos animais que habitam esta região. Toda essa recomposição das matas trará muitos benefícios em longo prazo, beneficiando assim as futuras gerações”.

 

No município de Nova Odessa, mais do que o plantio de mudas, também foi implementado projeto paisagístico no canteiro central, que inclui ciclovia e nova iluminação pública na Avenida Ampélio Gazzetta, importante via local. As vantagens para a cidade foram muito além do transporte. "As árvores são elementos do meio urbano e melhoram a qualidade do ar, protegem os corpos d'água, embelezam a cidade e tudo isso é revertido em benefício à população!”, complementa Carla Lucena, secretária de Meio Ambiente da cidade.

 

Todo o trabalho foi divulgado à população através do programa de comunicação realizado pela EMTU e as construtoras responsáveis. “Eu não tinha ideia do que era esse trabalho de comunicação socioambiental. 90% dos meus amigos da área não conheciam e desconhecem”, comenta Eliel Cardoso, da EMTU, “Se não fosse obrigatório a gente fazer um trabalho de comunicação nesses termos, a gente faria mesmo assim”.

 

fonte: Communità

 

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