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Backer é palestrante no 6º Seminário ABERJE
de Comunicação Integrada
(Dez/2014)

Lucro admirado, inclusão social e melhor qualidade de vida estão no foco da comunicação. Este foi o tema do último painel do 6º Seminário Aberje de Comunicação Integrada que discutiu ações sociais e sustentabilidade. O evento foi realizado no Espaço Aberje Sumaré em São Paulo/SP nos dias 9 e 10 de dezembro de 2014. Segundo Backer Ribeiro Fernandes, Diretor da Communità Comunicação Socioambiental, em obras de grande magnitude e impacto, é comum vermos manifestações contrárias de grupos organizados ou da própria comunidade lindeira.

 

Na maioria das vezes, isso causa transtornos, atrasos e até compromete o progresso de determinado local. Então, como conciliar os interesses do governo, dos empreiteiros e da sociedade? Com comunicação. Essa foi a resposta apresentada pelo palestrante, que trouxe os resultados obtidos com sua tese na Escola de Comunicação e Artes da USP para o seminário da Aberje. No estudo, ele apresenta uma pesquisa inédita sobre a comunicação desenvolvida nos processos de licenciamento ambiental no Estado de São Paulo. A pesquisa qualitativa levantou 37 Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) de obras que aconteceram no estado de São Paulo entre os anos de 1987 a 2011, compreendendo um período de 25 anos.

 

Segundo Backer, os resultados revelaram deficiências nos processos de comunicação. “Em geral, os planos não deram conta do tamanho dos empreendimentos, bem como do alcance de seus impactos”, afirma. “Apesar de constar como parte do processo de licenciamento ambiental, a comunicação assumiu um caráter meramente informativo e de divulgação de mensagens do interesse dos empreendedores, provavelmente atendendo as determinações legais de informar e tornar públicas as informações”, completa. E as necessidades vão muito além. “O Plano deve tornar a comunicação o mais eficiente possível, estabelecendo estratégias que olham para os diferentes públicos, suas características e prioridades. Deve avaliar ainda os canais mais eficientes, garantindo que as mensagens sejam assertivas e garantam ao processo de licenciamento ambiental a sua devida relevância e seriedade”. Diante de todo este contexto, o professor propõe um Plano de Comunicação ancorado em três etapas:

1 - diagnóstico sobre o empreendimento e o contexto que o cerca;

2 - planejamento das estratégias e ações;

3 - gestão estratégica da comunicação na sua implementação e controle.

 

“A comunicação deve iniciar na elaboração do EIA/RIMA, apontando as estratégias de comunicação a serem seguidas em todo o processo e dialogando com a sociedade para a elaboração das medidas mitigadoras e compensatórias juntamente com suas lideranças. Deve ainda tornar as Audiências Públicas fóruns democráticos de participação social, por meio das novas tecnologias de comunicação que permitam que todos os interessados participem independentemente de horário, local e acesso, garantindo a verdadeira participação no debate das ideias”.